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Sábado, 20 de Outubro de 2007
Ainda os Transgénicos

Um grupo de cientistas da Universidade de Indiana descobriu que o polen e outras partes da planta de milho transgénico Bt são lixiviadas para os cursos de água perto de campos de milho, podendo afectar os ecossistemas aquáticos [1]. Além das monitorizações no campo de partes do milho Bt em 12 cursos de água de uma área de produção intensiva do estado de Indiana em 2005-2006, foram realizadas análises de toxicidade em laboratório. O estudo, coordenado pelo Professor de Ciências Ambientais Todd Royer [3], será publicado esta semana na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences. Os resultados da investigação demonstram que partes do milho Bt, que incluem pólen, folhas e grãos, estão a ser arrastadas para os cursos de água e percorrer distâncias até 2000 metros [2]. Os dados de campo indicam que o polén transgénico é comido pelas moscas-de-água (Ordem Trichoptera), que por sua vez constitui uma importante fonte de alimento para organismos superiores como os anfíbios ou os peixes. Isto só por si não seria suficiente para indicar um problema - o milho Bt poderia ser completamente inócuo e não criar efeitos ao longo da cadeia alimentar (algo que por si só já seria bastante difícil de demonstrar, como provam casos como a BSE, a doença das vacas loucas). No entanto, os testes de laboratório demonstraram que o consumo de subprodutos do milho Bt aumentam a mortalidade e reduzem o crescimento das moscas-de-água. Isto significa que o milho Bt tem efeitos de toxicidade sobre outros organismos não-alvo, em particular insectos que não a broca do milho. Esta suspeita já tinha sido avançada num estudo publicado em 1999 na revista Nature [4] que indicava que o pólen milho Bt estaria a provocar mortalidade nas larvas da borboleta monarca. A equipa de investigadores da Universidade de Indiana indica que os testes de toxicidade em meio aquático realizados pela Agência de Protecção Ambiental dos EUA ao milho Bt falharam por terem sido realizados em dáfnias, em vez de insectos aquáticos, que estão mais próximos dos insectos alvo da toxina Bt. A ciência, tal como os humanos que a constroem, tem muitas falhas e o risco é uma variável em constante mudança, perante a dimensão das incertezas e ignorância associadas. Este é mais um estudo a acrescentar ao risco do cultivo de transgénicos, em particular do milho Bt, um milho que produz o seu próprio insecticida. Por outro lado, o facto de partes do milho transgénico poderem viajar até 2 km de distância, vem mais uma vez comprovar aquilo que os opositores ao cultivo de transgénicos têm vindo a dizer - que a coexistência (entre variedades geneticamente modificadas e variedades tradicionais) é impossível. O milho Bt é geneticamente modificado através de processos de engenharia genética para matar pestes como a broca do milho. No entanto, o novo estudo revela que o milho Bt pode também afectar organismos não-alvo, como a mosca-da-água, que está na base da alimentação de peixes e anfíbios. O estudo revela ainda que folhas, grãos e pólen do milho Bt podem viajar até 2000 metros de distância da origem (imagem e texto adaptado de [2]).

publicado por abme às 13:22
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