Quinta-feira, 21 de Outubro de 2004
SHOW DO MINISTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO NOS ESTADOS
Essa merece ser lida, afinal não é todo dia que um
brasileiro dá um esculacho educadíssimo nos
americanos...
Durante um debate em uma universidade, nos Estados
Unidos, o ex-governador do DF e ministro da Educação
CRISTOVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava
da internacionalização da Amazônia.
Um jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que
esperava a resposta de um humanista e não de um
brasileiro.
Esta foi a resposta do Sr. Cristovam Buarque: "De
fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a
internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos
governos não tenham o devido cuidado com esse
patrimônio, ele é nosso.
Como humanista, sentindo o risco da degradação
ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua
internacionalização, como também de tudo o mais que
tem importância para a humanidade.
Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser
internacionalizada, internacionalizemos também as
reservas de petróleo do mundo inteiro...
O petróleo é tão importante para o bem-estar da
humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro.
Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no
direito de aumentar ou diminuir a extracção de
petróleo e subir ou não o seu preço.
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos
deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma
reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser
queimada pela vontade de um dono, ou de um país.
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego
provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores
globais. Não podemos deixar que as reservas
financeiras sirvam para queimar países inteiros na
volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a
internacionalização de todos os grandes museus do
mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.
Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças
produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse
patrimônio cultural, como o patrimônio natural
Amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de
um proprietário ou de um país.
Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar
com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso,
aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
Durante este encontro, as Nações Unidas estão
realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes
de países tiveram dificuldades em comparecer por
constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu
acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve
ser internacionalizada.
Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a
humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres,
Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua
beleza específica, sua historia do mundo, deveria
pertencer ao mundo inteiro.
Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo
risco de deixá-la nas mãos de brasileiros,
internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos
EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes
de usar essas armas, provocando uma destruição
milhares de vezes maior do que as lamentáveis
queimadas feitas nas florestas do Brasil.
Defendo a ideia de internacionalizar as reservas
florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos
usando essa dívida para garantir que cada criança do
Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas
elas, não importando o país onde nasceram, como
patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.
Crianças pobres do mundo como um patrimônio da
Humanidade, eles não deveriam viver.
Como humanista, aceito defender a internacionalização
do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como
brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só
nossa!".
Alberto João
o Funcionário da PJ da Madeira que nvestigou casos de corrupção nas Camaras municipais, foi substituido muito antes de acabar o seu mandato.Porque será sr Alberto João